quarta-feira, 28 de novembro de 2012




© ssobrado, porto, 2012 | eiline




With a smile in the rain 
(...) She swears "I'll be happy"

Spelling Nadja | Eiline








© ssobrado, porto, 2011 | se quiserem acreditar



Se quiserem acreditar, muito bem. Agora vou contar como é Octávia, cidade teia de aranha. (...) 
Tudo o resto, em vez de se elevar por cima, está pendurado por baixo: escadas de corda, 
camas de rede, tendas suspensas, cabides, terraços como barcas, odres de água, bicos de gás, espetos, 
cestos pendurados por cordéis, monta-cargas, duches, trapézios e aros para os jogos, teleféricos, candelabros, 
vasos com plantas de folhagens pendulantes. 
Suspensa pelo abismo, a vida dos habitantes de Octávia é menos incerta do que noutras cidades. 
Sabem que mais do que um certo ponto a rede não aguenta.

Italo Calvino, in As Cidades Invisíveis








© ssobrado, porto, 2011 | the world is not enough




'The world is not enough
But it is such a perfect place to start, my love
And if you're strong enough
Together we can take the world apart, my love'



The World is Not Enough | Garbage







© ssobrado, porto, 2011 | golden days



Há apenas uma consolação: uma hora aqui ou ali em que as nossas vidas parecem, contra todas as probabilidades e expectativas, abrir-se de repente e dar-nos tudo quanto jamais imaginámos, embora todos, excepto as crianças (e talvez até elas), saibamos que a estas horas se seguirão inevitavelmente outras, muito mais negras e mais difíceis. Mesmo assim, adoramos a cidade, a manhã, mesmo assim desejamos, acima de tudo, mais. 

Michael Cunningham, in As Horas




segunda-feira, 26 de novembro de 2012



© ssobrado, porto, 2011 | intervalo de silêncio



Frequentemente falava sozinho, um hábito de pessoas sadias de natureza solitária.

Truman Capote, in Histórias Maravilhosas








© ssobrado, santiago de compostela, 2011 | empessoar



A vida é o que é, e nós quase nada. 
Ou então somos nós que somos tudo e a vida que temos muito pouco sempre a passar. 
Ou então o que nós somos é esse quase chegar lá sem conseguir chegar lá e voltar atrás e recomeçar sempre por outro começo, pensava ele, 

cada dia de uma maneira diferente para não cansar.

Pedro Paixão, in Viver Todos os Dias Cansa




domingo, 25 de novembro de 2012



© ssobrado, porto, 2012 | vírus



Eu sou como um vírus: preciso de outra alma para sobreviver.

Pedro Paixão, in A Noiva Judia