sábado, 1 de dezembro de 2012




© ssobrado, santiago de compostela, 2011 | devaneios



Que sempre existam almas para as quais o amor seja também o contacto de duas poesias, a convergência de dois devaneios. O amor, enquanto amor, nunca termina de se exprimir e exprime-se tanto melhor quanto mais poeticamente é sonhado. Os devaneios de duas almas solitárias preparam a magia de amar. Um realista da paixão verá aí apenas fórmulas evanescentes. Mas não é menos verdade que as grandes paixões se preparam em grandes devaneios. Mutilamos a realidade do amor quando a separamos de toda a sua irrealidade.

G. Bachelard, in A Poética do Devaneio




Sem comentários:

Enviar um comentário